domingo, 13 de dezembro de 2009

Entrevista


Em uma conversa informal com minha amiga e companheira de trabalho, Liliana Regia Ghirardello, formada em artes plásticas com licenciatura plena pelo Centro Universitário de Belas Artes de São Paulo, com curso de Gestão em Processos Comunicacionais pela Escola de Comunicação e Artes, E.C.A.- USP e especializada em Gestão e Dinâmica de Aula pelo I.R.I.S – Roma - Itália., é atualmente professora de historia da Moda, Indumentária, Arte, Design e Design do Mobiliário, na Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, pertencente ao Instituto Centro Paula Souza, e professora Universitária, responde algumas de minhas perguntas:
Entrevista Transcrita:

Gabriel: O que te fascina na história da Indumentária?

Liliana: A historia da Indumentária, é a narrativa do percurso que o homem estabeleceu, com suas vestimentas, para proteção,abrigo do frio e posteriormente visualização de si mesmo (adorno), e consequente projeção para destacar se à sociedade. Nesse contexto, percorremos a formação das sociedades e seus comportamentos, utilizando a indumentária para conhecer e definir as diferentes classes de hierarquia social, seus valores, suas preferências e crenças nas quais os homens se apoiavam. Portanto a Historia da indumentária mostra-se como um dos elementos de narrativa do ser social, e sua evolução.

Gabriel: Como você vê a importância da disciplina de Historia da Indumentária para os alunos, de nível técnico?

Liliana:
partindo da experiência de nível técnico, aonde os alunos chegam muitas vezes desprovidos de conhecimentos estéticos, a disciplina de história da indumentária mostra se uma grata surpresa para a maioria deles, que percebem desde as primeiras aulas, ao descobrir a cultura das civilizações e suas especificidades, as estruturas possíveis da época para a execução das vestimentas, e assim associar ao “modus vivendus” (modo de vida). Os pensamentos vigentes da época, os materiais disponíveis e o labor da execução das vestimentas levam o aluno a reestruturar conceitos e capacita os para a elaboração de uma releitura das estéticas passadas, ampliando assim o leque e o exercício da plenitude criativa na execução de novas coleções. Outro ganho, talvez o maior, é o aumento da capacidade cultural e o desenvolvimento de um olhar estético, que uma vez despertado, vai muito além da criação de moda se estendendo para a melhoria do gozo estético na vida cotidiana.

Gabriel: Essa disciplina que antes, já foi tão banalizada, como você a vê hoje?

Liliana:
O conhecimento dos valores de arte, cultura e design historicamente sempre estiveram nas mãos das classes sociais mais abastadas, que tinham acesso a eventos, viagens e encontros culturais, o que propiciou o refinamento, a sofisticação através da aquisição de cultura; o fato é que esse acesso ao conhecimento cultural e artístico favoreceu apenas poucas pessoas de classes abastadas, deixou à margem uma multidão de seres que sequer tem a oportunidade analítica de compreender algo a mais do que o seu simples cotidiano. Essa defasagem criou um abismo entre os cultos junto aos pretensamente cultos e o restante da população, que não tiveram chance de acesso a valores culturais, não adquirindo assim acuidade estética. A disciplina de história da Indumentária traz a oportunidade da análise de valores culturais e atemporais, o que permite à pessoas comuns terem acesso a diferentes culturas e estéticas, construindo assim um novo repertório. Dada essa nova construção, abrem-se caminhos para novas criações, com a oportunidade extraordinária de inclusão de referências estéticas e culturais antigas para a inserção de uma visão diferenciada em futuras criações.

Gabriel:
Qual é a importância de sua disciplina para o aluno no mercado de trabalho?

Liliana:
A disciplina de historia da indumentária é de grande valia para os alunos que estudam qualquer segmento dentro de moda, porque independente do setor que ele venha a atuar no mercado, o conhecimento dos períodos, das transformações e adaptações que acompanharam o homem, nas estéticas resultantes da maneira de se trajar, revelam e muito o comportamento social aceito para a época, remetem ao estudante o conceito exato de valores e pudores, os agentes morais que determinavam comportamentos. A imediata vantagem a esse conhecimento é a identificação rápida das diferentes estéticas, relacionando períodos bem definidos, servindo como base preciosa, para formação de conceitos e releituras contemporâneos. Hoje a formação de conceitos de desfile em moda apropria-se e inspira-se em releituras estéticas passadas para a criação de looks contemporâneos.

Gabriel: Você considera que um curso técnico é a porta de entrada para profissionais no mercado de trabalho, e posteriormente uma porta para o ingresso no ensino superior?

Liliana: Sem duvida, tem um papel fundamental, ao mesmo tempo em que cria um espaço para o jovem ingressar no mercado de trabalho, estabelece para muitos a verificação de suas verdadeiras aptidões, dando a oportunidade de conhecer realmente o que deseja e procura. O curso técnico é uma grande peneira de seleção e um treinamento, que oferece ao aluno a oportunidade de descobrir o que realmente gosta e qual a sua real vocação. Muitos destes alunos ao chegarem ao segundo semestre descobrem-se apaixonados pelas questões e técnicas de criação que a moda exige, mergulham na complexidade das modelagens, estes com certeza irão para a universidade a fim de aprofundar-se nos conteúdos e ter um melhor preparo para o mercado de trabalho; em contrapartida existem aqueles que não se identificam com o conteúdo apresentado, e economizam tempo e dinheiro ao descobrirem que suas aptidões e vocação podem navegar outros mares, em outras áreas profissionais.

Gabriel:
Liliana, você como uma profissional formada em artes Plásticas, vê a correlação ente as disciplinas Moda, Design, Artes e Arquitetura? Você acredita que existe uma evolução histórica dessas três disciplinas?

Liliana:
A base de formação destas disciplinas segue o mesmo veio de construção, que é a materialização de funções e idéias, representadas pelas formas; Moda, Design, Artes e Arquitetura se relacionam através do homem que começa a expressar suas idéias, desejos e aspirações, desde os primeiros objetos primitivos de contensão, as primeiras ânforas na Grécia Clássica, passando pela arquitetura renascentista, até a quebra de paradigmas da Arte contemporânea, o homem se utiliza das formas estéticas como veiculo de mensagem, seja associado ao poder e / ou ao status se serve destas, como ferramenta de sedução e bem estar; na necessidade que o homem tem de se afirmar enquanto personalidade única e individual, dentro de um grupo social, a moda cumpre o papel, ate os dia de hoje, de estabelecer vínculos pessoais entre a personalidade, o modo de ser e aquilo que realmente deseja se evidenciar. A roupa passa a ser tanto quanto a Arte, o Design e a Arquitetura, veículo de informação, seja de poder, afirmação estética e / ou estilos, evidenciando a individualidade de cada ser, apenas revelando a aparência desejada.

Gabriel: Como você vê o ensino de Arte, Design, Moda e Arquitetura no Brasil?

Liliana:
Nas escolas publicas, na década de oitenta, o ensino de arte no Brasil, teve uma revitalização a partir do P.C.N.s (parâmetros curricular nacional) onde estabelece que o ensino de arte oferecido, pela disciplina de Educação Artística, deve seguir uma forma triangular: historia da arte, pratica de atividades artísticas, mais vivencia da arte através da visitação a instituições publicas (museus); foi esta uma tentativa de aproximar as questões de Arte e Design ao publico leigo, já que esta área sempre foi restrita a profissionais envolvidos com questões pertinentes a Criação.
Com o avanço tecnológico houve a invasão de produtos importados no Brasil, trazendo um diferencial, uma nova forma de apresentação “o Design”, que além de apresentar formas diferentes, devem obedecer a critérios rígidos de controle de qualidade e especificidades técnicas (funcionalidade), a atenção se volta para a exterioridade (a forma do produto), como ele se apresenta, faz parte da qualidade e função intrínseca de qualquer produto; nesse contexto as empresas, buscam novos profissionais com formação mais sólida e abrangente em Estética e Design de Produto, para atender as novas demandas em comunicação e mídia. As universidades percebendo a necessidade de um profissional mais abrangente passa a oferecer, cursos de pós-graduação e especialização na área de Arte, Design, Arquitetura e Moda, para que estes sejam capazes de estabelecer uma transdiciplinaridade com as áreas afins, a fim de suprir a necessidade do mercado. Este novo profissional terá que saber relacionar as estéticas passadas para criar e adaptar as novas tecnologias às necessidades contemporâneas. A partir da criação das Maisons, a moda se estabelece e caminha para o prêt-à-porter; o design amplamente usado nos produtos industrializados acompanha as tendências da pop arte e da arte conceitual, formas associadas à função. Este conceito é amplamente utilizado pelas indústrias e pelo marketing até os dias atuais, o que faz com que os produtos de design e as formas apresentadas ultrapassem as reais funções dos objetos, e o que é oferecido ao consumidor, que somos todos nós, é a liberdade de escolha pela forma, cor e textura, “a cara do produto”, ou seja, o desejo do novo, da atualidade, com os quais nos identificamos.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009











TCC - ROCK, MANIFESTO DE UM ESTILO RÍTMICO FORTE E DANÇANTE.












O momento em que uma civilização assinala um marco na história é o seu apogeu, a fase de maior riqueza, cultura e desenvolvimento. Este trabalho é um convite a voltarmos a uma época de acontecimentos e de agitação social, em que os Estados Unidos haviam saídos vencedores da Segunda Guerra Mundial, mas restavam ainda, depois de 1945, recuperar gastos de armamentos, e também rearranjar a situação social. Interessados em algo que ajudasse a promover um certo alívio sensorial, ou seja, tornar mais leve impulsos e sensações da alma, que atenuasse a tensão sob qual viviam nos anos da guerra e pós guerra, desponta em 1950 os primeiros registros disco gráficos que se tem noticia do Rock. As questões políticas e a arte , em especial, o Rock estão quase sempre ligados a um questionamento de "superestrutura do sistema"( CHACON, 1982 p. 18) , ou seja, nos níveis do político, do cultural e do comportamento do sistema que trazem, reflexos sobre infra-estrutura. “O Rock é muito mais do que um tipo de música, se tornou uma maneira de ser, uma ótica da realidade, uma forma de comportamento" (CHACON, 1982 p. 21). Assim como a Woodstock em 1969, no contemporâneo, e em qualquer geração em que se encontra o rock, jovens seduzidos pela batida forte e dançante, utilizam o Rock and Roll para tratar de manifestações, seja para uma liberdade de expressão, busca pela paz, amor ou defesa ao aquecimento global, mobilizando milhares de pessoas para uma conscientização e uma forma de protesto vigentes em cada época. Libertar, ousar, inovar trazer produções que transmitam atitude .




Atraídos pela batida do rock a coleção tem como base as atitudes de libertação dos jovens, que desde 1969 utilizam o ritmo forte e dançante do Rock and Roll para manifestar e defender suas idéias, um contra-fluxo de posição e pensamentos de uma sociedade. Imagens com muitos jovens reunidos, movimentos corporais , a dança, o canto, a alegria como forma de expressão, guitarras como símbolo da música do rock, cenas de woodstock em 1969 que representou um dos primeiros movimentos a reunir mais de meio milhão de pessoas em busca de um mesmo ideal, com ícones como Jimi Hendrix e Janis Joplin.



Palavras-chaves: Rock, rítmo, manifestação e conscientização.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Frank Lloyd Wright - Broadacre City – A Cidade Viva.

A escolha de um TCC relacionando arquitetura com moda vem da estreita especificidade e função que a arquitetura exerce em seu papel histórico, desde a pré historia até a atualidade oferecendo ao homem abrigo, proteção, e no mais adiantado estágio, ainda se mostra como instituição de poder, domínio e força. Da mesma forma, a moda desde os primórdios de evolução cumpre o seu papel de proteção, adorno e pudor, um abrigo seguro para o corpo, assim como a arquitetura, a indumentária transcende o vestuário em estruturas usáveis que demonstram força, poder e domínio.
Assim segue a pesquisa focada na obra de Frank Lloyd Wright com ênfase no projeto urbanístico utópico de "Broadacre City” a qual é titulada posteriormente como “Cidade Viva” o qual foi utilizado para a criação de uma coleção de alfaiataria masculina, onde os procedimentos, metodológicos e técnicos utilizados foram pesquisas através de livros e projetos em especifico da cidade Utópica de Wright, utilizando os mesmos métodos de fragmentação e construção nas peças da coleção resultando assim em uma nova proposta para o público alvo.

O Mundo da Moda nas tramas da Novela

O mundo da moda ganha cada vez mais destaque no Brasil. basta algumas semanas em exibição, para que as roupas, acessórios e tipos de cabelos usados, comecem a ser vistos nas ruas.
Esse fenômeno começou com a novela dos anos 70, Dancin Days, que retratava o mundo das danceterias, meias coloridas, prontas para os embalos de sábado, muito brilho,abrindo um novo mercado de consumo imediato para aqueles que acompanhavam a trama. Em Roque Santeiro, outra novela e que a atriz Regina Duarte, com o uso exagerado de seus braceletes e brincos exuberantes, ganharam as ruas em apenas três semanas de aparição. Recentemente com a exibição de Caminho das Índias, bastava uma ida a rua 25 de Março, centro de comercio popular, para registrar o desejo das mulheres pelos acessórios indianos e olhinhos bem marcados .
Ateliês de modelos, ateliês de alta costura ou grandes grifes, e o trabalho de grandes estilistas, não são mais relegados nas novelas, mais que isso, tornando se as vezes protagonistas. Atualmente acompanhamos essa situação na novela global Viver a Vida, que tem como personagem central uma modelo, onde vemos seção de fotos e constantes desfiles.
O autor Silvio de Abreu, destaca a discussão sobre a fragilidade da beleza e a aparência, para a reflexão da sociedade atual sobre valores efêmeros e passageiros; mas na contramão da discussão, a moda apresentada nas tramas se estabelece como norma estética, para o consumo popular.
A força da mídia vence e se estabelece para o consumo.

Bibliografia- jornal Leitura Urbana, outubro de 2009, ano I, N° 49

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

TCC - Lixo e Luxo

Na mistura do lixo com o luxo surge a coleção, inspirada nos

significados, que apesar de serem opostos, uma de suas definições, no

dicionário, é a mesma. Enfatizando essa questão, trabalho com formas

exageradas e formas secas, simbolizando esse contraste e criando uma

imagem de imponência.


As diferentes texturas (rasgado, furado, listras em relevo e liso) e os

diferentes formatos (objetos quebrados por isso formas geométricas)

representam o lixo nas peças, algo que parece não ter mais utilidade

nem beleza.


O luxo ganha novo conceito, o de qualidade de vida, prazer pessoal e

não mais ostentação, por isso ele aparece nas sobreposições, que

passam uma idéia de segurança, camada sobre camada, de forma a

tornar-se quase que intocável.


As peças são desejadas por uma mulher formadora de opinião, seu diferencial é a forma de expressar-se, é auto confiante. De forma que estar vestindo algo que pode causar estranhamento.

Exposição – FAAP- Trajes de Cena de CHRISTIAN LACROIX



A exposição Trajes de Cena de Christian Lacroix foi inaugurada dia 23 de agosto,
as 19:00 hs, com grande coquetel de lançamento na FAAP-Fundação Armando Alvares Penteado, conjuntamente com o Center National Du costume de Scine, e honrou alguns de seus convidados,com um catalogo ilustrado das obras e biografia do grande figurinista Frances Lacroix.
Christian Lacroix, desde a infância vasculha o sótão da casa de seus avos, entre roupas, objetos e bugigangas, descobre um volume encadernado de La Mode Illustrée ( A Moda Ilustrada), de 1860, e a partir daí, relaciona moda a detalhes riquíssimos, a grandiosos espetáculos e luxo;passa a infância em Arles, belíssima cidade da França, tão quanto riquíssima em cultura; a cidade é famosa pelos seus pintores e poetas, cerâmica colorida, a grande variedade de têxteis, as festas locais e plantações de lavanda...visitas freqüentes a museus,idas aos espetáculos de teatro e opera, o convivio com as touradas no antigo anfiteatro romano, a observância dos xales rendados (fichu) das mulheres da cidade, contrõem, para o jovem Lacroix, seu repertorio cultura.
Assiduo freqüentador de espetáculos teatrais e operas, tinha o costume de redesenhar os figurinos destas a sua própria maneira e é nesse caminho, que moda e espetáculo se unem,mas so vão entrar definitivamente na sua vida a partir do encontro, por volta de 1971, com Françoise Rosenthie, que o incentiva a seguir a carreira em moda e que mais tarde virá a tornar se sua esposa.
Mas é, a figura de Jean Jacques Picart, assessor de imprensa de varias maisons, que levou Lacroix a trabalhar na Maison Hermès, ai se inicia uma trajetoria que o levaria a fundar a sua própria Maison em 1986- a Maison Christian Lacroix.
Desde o lançamento de seu desfile em 1987, o estilista é convidado para criar e desenhar os figurinos de varias peças e operas teatrais, com a introdução de vários materiais como jeans, jaquetas, couros, metal associados a figurinos de peças clássicas e operas tradicionais, formando um inusitado visual de combinações cênicas que vão atrair os olhares tento da critica , quanto do publico.
A partir dessas combinações Lacroix é reverenciado e torna se um cobiçado figurinista de produções teatrais, por exercer esse jogo de ilusão cênica. A mistura de tecidos, rendas,cores,materiais diversos, se integram e criam uma nova ordem, onde o espaço cênico e dos figurinos imprimem personalidade aos seus atores.
A exposição foi belíssima e ficou até 1ª de novembro de 2009, com entrada franca e caso , nós reles mortais, desejemos apreciar todas as obras contidas no catalogo, podemos pagar a bagatela de R$ 97,00 ( noventa e sete reais ).

Mini catalogo !



Envelope e convite da exposição !



Frente do Covite



Interior do convite

Estética

A estética é uma forma do pensamento reflexivo.
É a mente humana refletindo sobre sua própria atividade.
Ou, é a mente humana meditando sobre sua própria sensibilidade, emoção.
A estética é um ramo da filosofia que se ocupa das questões tradicionalmente ligadas à arte, como o belo, o feio, o gosto, os estilos e as teorias da criação e da percepção artísticas.
Do ponto de vista estritamente filosófico, a estética estuda racionalmente o belo e o sentimento que este desperta nos homens. Dessa forma, surge o uso corrente, comum de estética como sinônimo de beleza.
A palavra estética,no sentido que conhecemos, vem do título de AESTHETICA, do filósofo alemão Baumgarten. O primeiro volume de uma obra que tratava da arte, seus passos e a sensibilidade que põe em jogo (1750).
A palavra estética vem do grego aisthesis e significa "faculdade de sentir", "compreensão pelos sentidos", "percepção totalizante".
Assim, a obra de arte:
sendo, em primeiro lugar, individual, concreta e sensível, oferece-se aos nossos sentidos;
em segundo lugar, sendo uma interpretação simbólica do mundo, sendo uma atribuição de sentido ao real e uma forma de organização que transforma o vivido em objeto de conhecimento, proporciona a compreensão pelos sentidos.
A arte ao se dirigir, enquanto conhecimento intuitivo, à nossa imaginação e ao sentimento (não à razão lógica), toma-se em objeto estético por excelência.
A estética é uma forma do pensamento reflexivo.
É a mente humana refletindo sobre sua própria atividade.
Ou, é a mente humana meditando sobre sua própria sensibilidade, emoção.